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A Embrapa Pecuária Sudeste desenvolveu um dispositivo eletrônico chamado Tag-Ativo que faz o monitoramento e identificação do trânsito de bovinos. Através do aparelho, que fica fixo ao caminhão de transporte, é possível saber quantos e quais animais estão dentro dos caminhões, de onde eles vieram, para onde eles vão e por quais fazendas eles passaram. O produtor só precisa cadastrar os animais quando colocá-los dentro dos caminhões. O Tag-Ativo permite cadastrar diversos tipos e enorme quantidade de informações, eliminando os papéis de controle animal e facilitando a identificação e a rastreabilidade deles.
— O Tag-Ativo surgiu quando se buscava uma forma de ver e armazenar todos os dados necessários dos animais que eram embarcados nas fazendas de diferentes destinos, como animais que iam para abates, leilões, feiras de exposição, vendas para outros pecuaristas ou troca de fazenda do mesmo pecuarista. Ele evita fraudes, elimina papéis e ajuda na automatização no processo de fiscalização mesmo em regiões afastadas, sem infraestrutura ou em condições adversas. Ele reduz o tempo de fiscalização em barreiras sanitárias para poucos segundos e ainda consegue fazer uma inspeção de 100% dos veículos — enumera o pesquisador Waldomiro Barioni Júnior, da Embrapa Pecuária Sudeste.
O novo dispositivo será lançado no evento Ciência para Vida, em Brasília, que ocorre do dia 24 de abril a 2 de maio. Ele já foi desenvolvido, mas está em fase final de testes de validação e deve chegar ao mercado no meio do ano. Entre os diversos benefícios, está a agilidade que o dispositivo proporciona na fiscalização de barreiras sanitárias e para o Sistema Brasileiro de Rastreabilidade Bovino, o Sisbov.
— Ele proporciona uma boa capacidade de resposta frente ao surgimento de eventuais emergências sanitárias e permite também a integração total com a guia de trânsito do animal, com o Documento de Identificação do Animal (DIA) eletronicamente fornecendo estas informações ao Sisbov. Isto poupa muito tempo na fiscalização. Os animais não precisam descer do caminhão para serem vistoriados — explica Barioni Júnior.
O pesquisador explica que o produtor não precisa ter acesso ao Tag-Ativo, porque ele vai acoplado aos caminhões de transporte dos animais. O produtor tem que gravar eletronicamente as informações do gado quando ele for embarcado e é o caminhão que vai transportar as informações, para que elas possam ser consultadas nas barreiras sanitárias pelos fiscais federais ou nos frigoríficos.
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